Solstício de verão em Seattle: os ciclistas nús pintados



Desejo sinceramente que a taxa de desemprego baixe em Portugal pois quanto mais gente estiver a trabalhar nos seus computadores por esse país fora maior a probabilidade de recebermos curiosidades como esta via email. Eu sofro no Inverno, eu fui uma iguana na minha vida passada. Eu suspiro pela chegada da Primavera, para não dizer pelo Verão. Eu compreendo perfeitamente as culturas que na antiguidade colocavam o Deus Sol num altar. Eu não compreendo as pessoas que correm para a Serra da Estrela assim que se sabe que está branca. Os esquimós são os meus heróis. Aníbal também, porque atravessou os Pirinéus e os Alpes em pleno Inverno com os elefantes e até sobreviveu aos elefantes. E João Garcia mais as suas oito montanhas conquistadas, esses narizes erectos e pontiagudos com que a Terra fareja intemporalmente os céus…Eu morreria só de as ver, ele chegou ao topo e apenas perdeu o nariz. Hoje as curvas de bézier a moverem-se que nem enguias de um lado para o outro sobre a folha branca de neve e as pontas dos meus dedos enregeladas. Mesmo se estou de luvas sem dedos procuro o calor que a ventoinha sopra do computador ,- será que é radioactivo?!! - o meu cérebro congela com o frio. O meu sentido de humor arrefece. É então que entra uma mensagem calorosa na minha caixa de correio e me alcançam os vislumbres do Verão de Seattle, da sua cultura artística urbana e pagã. Ora vejam como celebrar o Solstício de Verão em movimento, de forma colorida e despida de preconceitos: eis o que fazem os Ciclistas Nús Pintados em Seattle.

Comentários

Capitão-Mor disse…
Isto não é nada! E que me dizes de ver ciclistas masculinos em fio dental a passear em estradas holandesas? Eu não vi, foi-me contado por uma amiga...