Livro: Deixem passar o homem invisível, de Rui Cardoso Martins


Uma boa novidade para quem, como eu, tiver gostado do primeiro romance. Acaba de ser posto à venda o segundo livro de Cardoso Martins!

Durante uma grande enxurrada em Lisboa, um homem – cego desde os 8 anos, advogado – cai numa caixa de esgoto aberta, situada junto da igreja de S. Sebastião da Pedreira. Na mesma altura, um escuteiro que regressava de uma actividade na mesma igreja é também arrastado para o mesmo esgoto. É a viagem de ambos, através de uma Lisboa subterrânea, enquanto cá fora são tomadas todas as medidas para os salvarem, que o autor nos conta neste segundo livro. Mas é também a entreajuda, a cumplicidade entre o cego e a criança, naquela terrível aventura. Pelo meio, as histórias de um ilusionista – Seripe de nome artístico, na realidade Pires ao contrário -, as recordações do homem cego do tempo antes de aquilo acontecer, a história de um camaleão que não acertava com a cor, e tantas outras tornam a leitura deste livro extremamente aliciante.

Rui Cardoso Martins (n. Portalegre, 1967) é escritor, jornalista e argumentista. Repórter internacional e cronista desde a fundação do Público (dois prémios Gazeta de Jornalismo), fundador de Produções Fictícias (co-criador e autor de Contra-Informação e Herman Enciclopédia, entre outros programas). No cinema, é autor do guião de Zona J e co-autor da longa-metragem Duas Mulheres. O seu primeiro romance, E Se Eu Gostasse Muito de Morrer (Dom Quixote, 4ª edição), foi publicado em Espanha e na Hungria. Tem contos editados em diversas revistas literárias (Ficções, Egoísta, Magyar Lettre Internationale).

Lançamento a 8 de Julho, às 19h, no Reservatório da Mãe D'Água das Amoreiras (Pç das Amoreiras, 10), pela mão do Professor João Lobo Antunes, com música ao vivo de António Eustáquio (Guitolão) e Carlos Barretto (Contrabaixo).





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