Cinema:o Sherlock Holmes de Guy Richie






É a discussão do momento! Decorre uma batalha de argumentação insana entre quem é fã dos livros de Doyle, quem é fã da série dos anos 80, quem é fã de Jeremy Brett e quem é fã de Robert Downey Jr, e o filme só vai estrear em Novembro. Até lá a intensa troca de opiniões sobre o que Guy Richie fez a Holmes promete ser tudo menos elementar (meu caro Watson)! Eu, que sempre gostei muito do Downey Jr, assisto fleumática e nem pestanejo. Afinal, Doyle criou, matou e ressuscitou o detective, não foi? Se um escritor pode fazer isso com uma personagem tão querida dos seus leitores, porque não deixar Guy Richie divertir-se um pouco? 

Holmes é uma personagem muito pouco convencional. Sempre o tive por arrogante e convencido, um agarrado à lógica dedutiva e ao método científico, um sem coração, um cínico, um toxicodependente! E, sim, ele cultivava o boxe e a prática do violino mas talvez não desse murros em câmera lenta!! E uma coisa que sempre me aborreceu: sabia tanta coisa mas não estudava nadinha que se visse, era um sapiente de geração espontânea. Eu nunca me sentaria numa mesa a tomar um chá com Holmes num salão em Baker Street. Não teria graça nenhuma ficar ali sentada sob a mira do detective, eu a respirar passivamente o fumo do seu cachimbo curvo enquanto trincasse um scone, ele entregue a profundas deduções científicas,borrifando-se para o cancro no pulmão. Na época Vitoriana o método científico ainda não tinha dado fruto quanto a esta evidência. Há pouco tempo fui encontrar parte dos adoráveis traços do seu carácter na personagem de Gregory House, o médico também viciado e agreste de House MD.Como se diz, já tudo foi inventado, agora é só preciso baralhar e voltar a dar as cartas.F oi apenas o que Guy Richie fez. Por mim, eu já só quero divertir-me e não vou dar muita importância a isto. Olha o poster! Nada lhe escapa!Pois!

Comentários