Receita: como fazer rabanadas para o Natal




Hoje foi dia de rabanadas. O Natal já está quase aí e uns sabores da época na mesa fazem a refeição mais festiva. Nunca tinha feito rabanadas e estava à espera de armar um grande estardalhaço no fogão mas a experiência até não correu mal. Quando há fritos envolvidos eu fico em modo de alerta: penso logo em queimaduras, fogão para limpar e óleo para reciclar, uma seca. Não gosto nada de fritar e também não sou louca por massas fritas. Mas gosto bastante de rabanadas. É um doce da época do Natal, habitual em muitas mesas do mundo inteiro, e existem diversas formas de as fazer, mais ou menos requintadas, mais ou menos tradicionais. No meu bloco de receitas não havia a receita das rabanadas. Esse bloco é uma bóia de salvação que eu tive de redigir quando deixei a casa dos meus pais e precisei de me lançar aos tachos e panelas. Saquei as instruções à minha mãe e anotei tudo, até como fazer sopa!! Nele encontra-se o básico para tornar os víveres comestíveis, nada de muito requintado. É apenas uma coleção de essenciais para não passar fome!! Mas também lá está a receita dos pastéis de nata e do bolo de chocolate, que eu adoro. O bloco tornou-se obsoleto pois agora eu procuro na internet as receitas do que quero fazer. Depois da ida ao supermercado para comprar o tradicional cacete de rabanada, - 0,69 cêntimos, 500 gr, mais ou menos -, canela e limão que estavam em falta, chegou o dia de pesquisar na internet. Depois de várias leituras fui para a cozinha e até pude contar com a ajuda de um pequeno chef, o meu sobrinho, se bem que a prestação dele tenha sido mais forte na fase final, na fase da degustação das rabanadas, mesmo quentes e tudo! Comecei eram quatro horas e às seis ainda estava a limpar o ovo da bancada. Mas acho que valeu a pena a avaliar pela fotografia das douradinhas! Ora, se nunca fizeram rabanadas e querem fazer rabanadas para o Natal, não há que ter medo. Também não é de caras, como eu pensava, ainda tive de pensar como é que fazia as coisas pois as receitas que li não explicavam tudo tintim por tintim, e eu preciso disso pois, como sempre digo, da cozinha nem bom vento nem bom casamento, convivemos numa união de facto forçada. É assim:


Ingredientes 

1 pão para rabanadas, cacete de 500gr, mais ou menos

6 ovos inteiros

3 canecas pequenas de leite (eu usei leite magro, mas imagino que não seja a melhor escolha)

1 pau de canela

1 casca de limão ou de laranja

6 colheres de açucar

Óleo de fritar


Agora, uma de duas, ou as duas juntas:

1. Mistura de açucar e canela para polvilhar: 4 partes de açucar para 1 parte de canela em pó.

2. Molho de Vinho do Porto para regar no final.


Ingredientes do molho


3 canecas pequenas de água


6 colheres de açucar - podem deitar mais, isto é consoante o gosto de cada um


Uma casca de laranja ou uma casca de limão, o que tiverem


1 pau de canela

Meio calice de vinho do Porto doce - eu usei um cálice inteiro

O pão deve estar duro, aguarde pelo menos dois dias antes de fazer as rabanadas. Li nas receitas que devemos cortar as fatias na diagonal, para ficarem maiores, e com a espessura de um dedo. No entanto eu acabei por cortar algumas das minhas ao meio pois elas não se aguentavam inteiras depois de ensopadas no leite e no ovo! Era muito complicado tirá-las do ovo e colocá-las a fritar - problemas de principiante!!

O leite deve ser preparado com antecedência, para estar frio quando se utiliza. Coloque o leite ao lume com a casca de limão, o pau de canela e o açucar. Deixe ferver e apague o lume. Quando estiver frio deite num recipiente que tenha bico, um jarro.

Também pode bater os ovos inteiros noutro jarro ou depois mudá-los para um jarro. Porquê? Eu não sei como as pessoas fazem, mas eu fiz assim: arranjei dois pratos de sopa e fui vazando em cada um o leite e o ovo à medida que eram precisos. Nunca tinha lá dentro muito líquido. Isso permitiu-me controlar melhor a operação de ensopar as fatias de pão. Pegava numa fatia e colocava-a no prato do leite. Depois espremia o excesso de leite com cuidado e passava a fatia pelo ovo do outro prato. Para colocar a rabanada no óleo quente colocava-a na espumadeira e depois deixava-a deslisar cuidadosamente para o óleo. Mesmo assim algum do miolo separava-se!! Eu agarrava nele e colava-o ao centro da rabanada, depois óleo com ela. Resultou! O óleo deve estar bem quente. Elas crescem um pouco. Fritei quatro de cada vez. É rápido. Primeiro deixamos que fiquem lourinhas de um lado, depois, com a espumadeira, viramos a rabanada e deixamos fritar do outro lado. Retiramos do óleo para uma toalha de papel que vai absorver o excesso de óleo. De seguida, devem colocar-se num tabuleiro e podem ser polvilhadas com a canela e o açucar, ou só com canela, conforme o gosto e/ou a quantidade de calorias que querem poupar-se!! Quanto maior o tabuleiro, melhor, pois ao regarmos as rabanadas com o molho ele vai depositar-se no fundo e ensopará mais as rabanadas que estiverem no fundo. Isso também não é mau pois há pessoas que as preferem mais secas e essas podem ser as primeiras a servir-se! A escrever assim até pareço uma especialista em rabanadas!




Rabanadas no forno - ontem, depois de ter feito as rabanadas, vi esta imagem no Facebook. Acho que vale a pena experimentar - vale tudo só para me livrar dos fritos! Penso que posso fazer tudo da mesma maneira, usar as mesmas quantidades. Depois das rabanadas estarem ensopadas, vão para o forno num tabuleiro untado com manteiga, 20 minutos a 180º deve ser o suficiente para ficarem lourinhas! Possivelmente temos de as polvilhar com a canela e o açucar e voltá-las uma vez para que fiquem louras de ambos os lados. Parece ser canja, da próxima vez vou experimentar!








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